O
cabelo
e a pele mudam, os pés incham, as estrias surgem, os seios crescem... E
as alterações no organismo feminino não param por aí! Veja como o
corpo se prepara para a chegada do bebê
Os hormônios da gravidez
Estrógeno — Produzido nos ovários e na placenta, é o responsável pelas características femininas.
Progesterona — Produzida nos ovários e na placenta, prepara o útero para receber o embrião.
Gonodotrofina Coriônica (HCG) — Oriunda da placenta, estimula a progesterona e o estrógeno.
Melanotrófico — Aumenta a pigmentação de partes do corpo.
Prolactina — Estimula o
leite.
Ocitocina — Contrai o útero para a expulsão do bebê na hora do parto e provoca a ejeção do leite na sequência.
Pele -Em 90% das
gestantes
surgem manchas pelo corpo. É que o hormônio melanotrófico age nas
células da pigmentação e acelera a síntese de melanina. Calma, isso some
em até um ano após o parto. Uma boa notícia? A oleosidade cai e a acne
desaparece.
Olfato e paladar -O gosto e o cheiro ficam
apuradíssimos. Uma hipótese é o aumento da vascularização na boca e no
nariz. Outra é que se trataria de um mecanismo de defesa da mãe,
antenada nas necessidades do feto.
Cabelos -Talvez eles nunca tenham sido tão lindos. A
superprodução de estrógeno faz baixar a testosterona, hormônio que
afina o fio, facilitando seu desprendimento. Desse modo, dificilmente há
queda. Depois do parto, aí, sim, os fios a mais caem bruscamente.
Mamas -Elas podem aumentar três vezes de tamanho
porque as glândulas mamárias se proliferam, há maior acúmulo de gordura e
a prolactina prepara tudo para a produção de leite, que começa depois
do parto. Se o bebê pesa 3 kg, consumirá 450 ml de leite por dia.
Coluna -Para sustentar o peso extra, o eixo de
equilíbrio se desloca e as grávidas mudam a postura naturalmente. A
partir do terceiro trimestre, há uma acentuação da lordose. Os ombros
são jogados para trás e as pernas ficam mais afastadas.
Estrias -Quando o volume de gordura sob a pele
aumenta demais, as fibras da derme distendem e podem se romper. Para
recuperar a lesão, vasos sanguíneos se formam. Daí as manchas vermelhas
que vão cicatrizando e embranquecem.
Fluxo sanguíneo -O volume de sangue pode aumentar até 50%, passando de 4,5 para 6,7 litros. É um esforço hercúleo para se
adaptar às novas condições e o coração bate mais rápido.
Útero -Aqui os números impressionam mesmo: o volume
do órgão passa de 90 cm3 para 1 000 cm3 perto do parto. Aumenta cerca de
20 vezes seu peso original. A quantidade de tecido se multiplica,
deixando a região bem molinha para acomodar o embrião.
Sistema digestivo- As paredes do intestino, estômago e bexiga amolecem por causa da progesterona. Isso favorece o acúmulo de líquidos nos tecidos.
Estômago
A
pressão do útero sobre o órgão faz com que ele fique comprimido,
dificultando a digestão. Ela também é retardada pela secreção de
hormônios que causam o enjoo.
Sistema digestivo Intestino
A retenção hídrica atrasa a passagem do alimento por esse órgão, levando à prisão de ventre.
Sistema excretor Bexiga
Mais
apertada, explica por que as grávidas fazem xixi com frequência. Sem
contar que os rins fabricam mais urina para filtrar o volume extra de
sangue.
Varizes -A culpa é da progesterona e do estrógeno,
que relaxam as paredes das veias e aumentam o risco de dilatação. Quando
os vasos se dilatam, suas válvulas ficam abertas e o sangue tende a
ficar estancado.
Inchaço -A progesterona facilita a retenção de água,
enquanto o aumento uterino comprime a veia cava, no lado direito do
corpo. A circulação desacelera e o sangue se acumula nas pernas, pés e
tornozelos.
FONTES: Ana Beatriz de Freitas Castro Marques, endocrinologista do
Hospital Samaritano, Edilson Ogeda, ginecologista e obstetra do
Samaritano, Eduardo Cordili, obstetra do Hospital Albert Einstein,
Leonardo Abruccio Neto, dermatologista do Hospital Santa Catarina.
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